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Cinco passos para o seu primeiro investimento imobiliário

Cinco passos para o seu primeiro investimento imobiliário

O primeiro investimento a gente nunca esquece. 

De fato ele é o mais importante. 

No mercado imobiliário ele é ainda mais importante. 

Building happy

O acerto no investimento imobiliário pode adiantar a sua independência financeira em alguns anos.

Também pode te segurar te atrasar, se alguns detalhes não forem cautelosamente estudados. 

Ou seja, o mercado imobiliário não é tão líquido. Você já deve ter ouvido falar isso.  

O que representa essa “liquidez”?

Liquidez é a facilidade com que você pode converter um investimento em recursos financeiros. 

Portanto, está correto dizer que o mercado de ações é mais líquido que o mercado imobiliário. 

O mercado de celulares é mais líquido que o mercado de imóveis. 

Cada categoria de investimento possui suas especificidades. 

Quando você está começando em imóveis você pode e deve fazer alavancagem. 

Isso é bom, mas você precisa de um método rigoroso.

Por isso, você deve prestar bastante atenção nas cinco dicas desse vídeo

Você pode ter o seu dinheiro e o do banco trabalhando para a sua independência financeira. 

Por outro lado, você pode ter essas duas forças te afastando dela. 

Portanto, aí está o maior potencial de risco e de retorno.

Ou seja, quando você acerta esse processo de alavancagem, você pode alcançar a independência financeira mais rapidamente.  

Em outros mercados, como no mercado financeiro, a alavancagem não é tão simples. 

Você precisará deixar recursos de garantia, o que limita a sua exposição dos seus bens. 

No mercado de imóveis você pode alavancar de acordo com a sua renda e de acordo com o valor do imóvel. 

Em geral, você pode comprometer apenas 30% da sua renda com o total de dívidas e financiamentos que você venha a ter. 

Contudo, você pode dar como garantia algo que não é seu. 

No mercado financeiro, para que você faça operações alavancadas em mercado de câmbio ou commodities as corretoras demandam garantias de baixa volatilidade. 

Você não pode dar um contrato de ouro, como garantia para operar esse mesmo ativo.

Ou seja, eles não confiam que seus investimentos não vão evaporar. 

Por isso, a exigência é que você tenha títulos do governo, CDB’s, ou ações de altíssima liquidez e baixa volatilidade. 

Mas, voltando ao ponto principal alavancagem é risco. 

Mesmo que o mercado imobiliário seja inerentemente menos volátil e arriscado do que o mercado financeiro. 

Você irá precisar de método para fazer um bom investimento inicial. 

Pesquise todos os dias e saiba o que está procurando.

O mercado imobiliário é muito grande e diverso. 

Você precisa sistematizar um método para pesquisá-lo. 

Todas as pessoas que atuam nesse mercado precisam saber o que estão buscando e se manter nessa linha. 

Informações mercado imobiliário

Assim que você se tornar um investidor imobiliário muitas pessoas vão oferecer oportunidades. 

Algumas dessas oportunidades podem ser boas, mas se elas fugirem do que você está buscando você deve descartá-las de imediato. 

Por exemplo: no mercado que eu analiso, normalmente existem pelo menos 2500 imóveis anunciados. 

Portanto, eu já tenho bastante informação para analisar. 

Caso alguém me apresente um imóvel fora dessa área, eu teria que passar por alguns centenas, ou milhares de imóveis para definir se o negócio é bom ou não. 

Além disso, o ideal é que você construa um portfólio de fácil administração.

Quando você limita a sua área de análise, você começa a conhecer mais vendedores e compradores dessa área. 

Isso é muito bom. 

Grandes investidores de determinada área tem maior liquidez no portfólio do que pequenos investidores. 

Por quê? 

Porque eles conhecem uma ou mais pessoas que comprariam alguns dos seus imóveis por um determinado preço. 

Ou seja, são investidores como ele, algumas vezes você precisa de dinheiro e pode entregar um imóvel por menos do que vale. 

Investidores iniciantes estão a procura dessa primeira oportunidade para fazer uma boa estréia. 

Pesquisar muitos tipos de imóveis em muitas localidades diferentes faz com que seja mais provável que você deixe detalhes passarem. 

Alguns detalhes podem fazer toda a diferença.

Vamos para um exemplo: 

Se você procura imóvel de 1 quarto, até 40 m² em área central da sua cidade. 

Você não deve olhar um imóvel de 2 quartos em uma cidade vizinha. 

Mesmo que isso pareça um bom negócio. 

Você tem uma limitação bastante grande de quantos negócios você pode fazer. 

Se você acredita que é possível fazer um bom investimento em um apartamento de até 40 m². 

Defina um raio de análise. 

Digamos, 7 ou 10km, de determinado ponto. 

Comece a pesquisar todos os dias. 

Além disso, não se limite a grandes sites. 

Muitas vezes corretores não postam anúncios em sites como OLX, ou Zap imóveis. 

Por quê? 

Porque os anúncios podem ser “roubados”, como isso acontece? 

Basicamente, outro corretor olha o OLX, descobre qual é o condomínio, fala com o porteiro, síndico e consegue o contato do proprietário. 

Dessa forma, outro corretor, que não foi o primeiro contato com o proprietário entra na disputa pela comissão da venda. 

Se o imóvel é bom, rapidamente haverá dezenas de corretores disputando a venda. 

Por isso, algumas corretoras maiores, não postam vendas em grandes sites. 

Portanto, os imóveis listados nos sites deles terão menos concorrência na venda e menos visibilidade para a compra. 

Ou seja, maior possibilidade de você encontrar um bom negócio.  

O preço de venda não importa. 

Quando estamos começando no mercado imobiliário nos apegamos muito ao valor de venda anunciado. 

De fato é possível dizer que o vendedor espera vender o imóvel por 10 ou 15% abaixo do valor anunciado. 

Mas, isso não é suficiente na maioria dos mercados. 

Exceto nos raros casos que o anúncio já apresenta valores atrativos de retorno sobre o investimento. 

Você terá que fazer múltiplas ofertas, para que alguma delas seja aceita. 

Todas elas, ou a maioria, vão ser bem abaixo do valor anunciado. 

Porque a sua métrica é o retorno sobre o investimento. 

Você agora é investidor, não é dono. 

Você precisa pensar no conforto que trará retorno para o imóvel, não algo que você acha bonito, porém reduza o retorno do investimento. 

Naturalmente, alguns corretores podem não querer levar propostas muito baixas adiante. 

Contudo, essa não é maioria dos casos. 

Para os corretores o melhor é que a transação aconteça. 

Em muitos casos, eles podem até reduzir um pouco da comissão, para que o vendedor aceite a proposta. 

O objetivo final é que a transação ocorra e isso é bom para todas as partes. 

Se está muito barato, acenda a luz amarela. 

Imóvel que está anunciado, com preço de venda abaixo de 30% do usual. 

Não costumam ser bom negócio. 

Parece um contrassenso, não é mesmo? 

A verdade é que no mercado existem alguns competidores, se algo está muito baixo e nenhum deles comprou, deve haver um motivo. 

Normalmente, o corretor ou o proprietário vão dar indícios do problema, mas vão tentar minimizar os efeitos. 

Por exemplo: existe um problema de inventário na documentação, que o proprietário está disposto a negociar. 

De fato, a pessoa que está vendendo as vezes é um dos beneficiários do imóvel, mas não possui acordo de todos os proprietários. 

Você pode entrar numa negociação, deixar um sinal e depois se ver em uma briga jurídica para decidir sobre a propriedade do imóvel. 

Além disso, problemas estruturais de localização, alguma alteração viária uma fábrica barulhenta em frente ao imóvel, ou causas parecidas. 

São coisas que o vendedor pode tentar minimizar e se você não tiver atenção, não conseguirá identificar os perigos. 

A única forma de eles conseguirem atenção para um imóvel desse tipo é baixando muito o preço. 

Dessa forma, compradores desavisados podem acabar comprando o risco, sem compreender

Por outro lado, se você tem um conhecimento jurídico, você pode fazer contratos que reduzam riscos. 

Assim como se você tem conhecimento e método, fará vistoria e uma auditoria, conversando com vizinhança e outras pessoas que tenham conhecimento do local do imóvel. 

Saiba qual momento do ciclo você está

O mercado imobiliário assim, como todos os mercados possui ciclos. 

Os ciclos normalmente são mais longos. 

Para compreender, um pouco melhor vale pensar no desenvolvimento do ser humano. 

Quanto tempo demora para que uma pessoa compre um imóvel? 

Não é um número exato, mas podemos chutar que na geração dos nossos pais as pessoas costumavam comprar imóveis com 25 a 30 anos. 

Market Cicle

Naturalmente, as pessoas não nascem na mesma data, nem se desenvolvem no mesmo período. 

Então, os ciclos imobiliários, duravam entre 10 a 15 anos de alta, com cinco anos de estagnação. 

Esse é um formato comum para a maior parte dos países desenvolvidos. 

Por que existe sempre um período de estagnação ou baixa? 

Porque é difícil coordenar o momento que as construtoras estão com bastante caixa para lançar empreendimentos, mas as pessoas já compraram o que precisavam. 

Além disso, pode oscilações gerais na economia reduzem a renda das pessoas e forçam início de ciclos de baixa. 

O que está acontecendo no momento atual? 

Estamos completando 6 anos de estagnação ou de baixa no mercado. 

Isso quer dizer, que mais e mais pessoas saíram da adolescência, alcançaram a juventude, mas ainda não compraram a suas casas. 

Muitas delas por falta de condições, outras por mudança cultural, viver mais tempo com os pais. 

O fato é que o deficit habitacional vai crescendo em tempos de ciclo de estagnação. 

Menos casas são construídas, menos pessoas compram, porém a população continua aumentando. 

Os filhos que moram com os pais estando tendo filhos, a casa está ficando pequena para tanta gente. 

Existe uma pressão forte para que as pessoas comecem a comprar imóveis. 

Esse cenário era muito claro no começo de 2020. As construtoras inclusive estavam se preparando para aumentar o número de lançamentos. 

Se você reparar houve várias aberturas de capital de construtoras e incorporadoras na bolsa de valores. 

Basicamente, o plano de todas era comprar mais terrenos e construir mais. 

Porém, a crise da pandemia chegou, fazendo com que esse ciclo de alta ficasse estagnado na maioria dos setores do mercado imobiliário. 

Quanto mais tempo o mercado passa na estagnação, maiores as chances de você fazer um bom negócio. 

Ou seja, o vendedor não aceita vender barato no primeiro ano, nem no segundo, nem no terceiro, mas no sexto ano, ele precisa do dinheiro e vende pelo valor que conseguir. 

Por outro lado, assim quando todas as pessoas estiverem comprando, porque o preço sempre sobe, provavelmente você se deve estar próximo do pico do ciclo imobiliário. 

Entenda a sua localização melhor do que todos os corretores. 

De forma geral, os corretores buscam atuar nos mercados mais movimentados, escolhendo um nicho. 

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O nicho normalmente se resume a renda. 

Ou seja, imóveis até 300 mil, até 700 mil e acima de 1,5 milhão. 

Naturalmente isso muda de cidade para cidade. 

Real state 02

Porém, é muito comum que os corretores atuem em mais de uma localidade para abranger mais pessoas de determinado nicho. 

Isso faz com que o conhecimento deles sobre as localidades vá ficando um pouco defasado ao longo do tempo. 

Ou seja, três bairros diferentes, mudanças viárias diferentes, mudanças de zoneamento de construção, etc… 

Isso quer dizer, que muitas informações podem não chegar a você na hora da apresentação do imóvel. 

Porém, diferente do corretor, você busca maximizar o seu investimento em apenas uma localidade. 

Quando você está começando, acertar com precisão é muito importante. 

Por isso, é necessário que você conheça a localidade melhor do que a maioria dos corretores que atuam na área. 

Para chegar lá, não tem mistério:

trabalho, pesquisa e vivência. 

Frequentar a padaria, o barbeiro e o supermercado de determinada localidade, ouvindo a conversa dos moradores e os problemas locais podem te dar muitas pistas. 

Além disso, vale a pena pesquisar documentação a respeito da área em associação de comércio, bairro, ou subprefeituras. 

Quanto mais conhecimento melhor, mas se você ainda estiver muito atrás da maior parte dos corretores, é sinal de que precisa estudar mais. 

Conclusão

O primeiro investimento no mercado imobiliário é, sem dúvida, o mais importante. 

Com base no valor escondido que você irá conquistar suas futuras aquisições acontecerão mais cedo ou mais tarde. 

Tenho certeza que esses cinco passos para o seu primeiro investimento imobiliário são muito importantes, principalmente porque eles são inesperados. 

A maioria de nós começa olhando o mercado de imóveis com o olhar de dono. 

Porém, esse é o olhar do qual precisamos fugir quando nos tornamos investidores. 

Ou, pelo menos, aliar ambos os olhares na hora de analisar um investimento. 

Nesse post eu escrevo um pouco mais sobre as vantagens do mercado imobiliário. 

Além disso, nesse vídeo eu dou dicas para minimizar o risco de vacância.

Obrigado por ler até aqui. 

Forte abraço

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Mercado financeiro: única opção?

O mercado financeiro é a única opção de investimento?

As informações e os canais de investimento no mercado financeiro  estão crescendo exponencialmente no mundo todo. 

Se você já viu o “Primo Rico”, ou o canal “Me Poupe”, saiba que eles fazem parte de um fenômeno mundial. 

Youtube

Isso está acontecendo na Coréia do Sul, na Inglaterra, nos Estados Unidos e no México. 

Ou seja, investimentos no mercado financeiro estão cada vez mais populares. 

O instrumento antigo, se tornou mais acessível e pessoas com pouco dinheiro podem investir. 

Isso não era possível antes?

Não!

A burocracia era grande e o custo era alto.

O mercado financeiro já foi tão burocrático quanto comprar e vender um bem, como uma moto. 

Existiam milhares de motos iguais, mas você precisava ir a um lugar específico, comprar um lote de 5 motos. 

Esperar que alguém na concessionária recebesse a ordem de compra, ainda assim você não tinha certeza de quanto iria pagar em cada moto. 

Depois de fechada a compra, você demorava alguns dias para receber as motos e existia a chance de que elas valessem menos do que na compra. 

Bike

Os custos para que tudo isso ocorresse eram altos. 

Existia uma série de intermediários, que recebiam a sua ligação, processavam o pedido, supervisionavam o salão de vendas e por aí em diante. 

Resumindo, não existia a mínima possibilidade de um adolescente sem dinheiro colocar R$40 reais nesse sistema e se dar bem. 

Esse valor não cobriria os custos de transação. 

A corretora nem abriria conta para alguém que não demonstrasse condições de operar altos volumes. 

Ou seja, os procedimentos e custos do mercado financeiro não permitiam a entrada de peixinhos. 

Esse mundo pré-histórico é quase inimaginável atualmente, não é mesmo?

Portanto, tecnologia, disseminação de informação e redução de custos de transação permitiram que milhões de pessoas acessem o mercado de capitais. 

Atualmente é possível comprar ações no mercado fracionário, ou seja, menos de 100 ações, sem custo de corretagem. 

Isso permite que você invista no mercado financeiro, com possibilidade de ganho, mesmo com valores baixos, 50, ou 100 reais. 

Por fim, o mercado de moedas e futuros também foi disponibilizado para o investidor iniciante. 

Alguns produtos fracionaram lotes de dólar e índice, permitindo que operações alavancadas com baixos valores, aumentando a possibilidade de ganho e perda. 

Além disso, o juros na renda fixa do mundo inteiro está na mínima histórica, isso fez com que as pessoas se tornassem mais propensas a assumirem risco. 

Resumindo, o mundo inteiro trancado em casa decidiu fazer operações no mercado financeiro. 

Todo tipo de teoria foi formulada para que se ganhe dinheiro rápido, cursos foram vendidos e contas foram abertas. 

Milhões, ou bilhões de dólares foram gerados em emolumentos, taxas de custódia, corretagem ou float. 

Se você não entende como uma corretora com zero de custódia ganha dinheiro, segue uma explicação. 

Assim como os bancos podem aplicar parcelas dos valores depositados em contas correntes, o saldo que fica nas corretoras pode ser aplicado pelas mesmas. 

As corretoras de valores costumam investir entre 1% a 2% dos valores investidos nela, esse recurso precisa ficar sem risco, mas o volume é alto, gerando uma boa renda. 

Além disso, elas costumam conseguir direcionar parte do valor investido para fundos de investimento, que possuem taxas de administração maiores. 

Ou seja, o fato de não cobrarem corretagem não quer dizer que não existam custos, apenas que eles são mais baixos. 

Existe a taxa de liquidação e custódia, taxa de registro, além de imposto de renda, caso se opere no mesmo dia, o chamado day trade

Todo mundo está ganhando dinheiro! Você também?

Sim, a pergunta é irônica. 

Na corrida por maior rentabilidade, muitas pessoas se expõem a taxas e riscos que desconhecem. 

Os velhos bancos, não gostavam de expor seus clientes ao risco, mas à taxas…

Skyline

Os bancos oferecem produtos como previdência privada, letras de crédito, CDB’s, etc. 

Por quê? 

Por que esses produtos geram uma excelente rentabilidade para o banco. 

Além disso, não exigem que o banco se exponha a grande risco para obter um rendimento superior ao que ele irá te dar. 

De forma geral, quando o banco oferece risco ao cliente, ele também precisa aumentar o seu risco para que a operação seja lucrativa. 

A diferença de rentabilidade é o principal insumo do banco. 

Pegar dinheiro barato, vender dinheiro caro. 

Em alguns desses produtos, os bancos conseguem fazer com que você fique “preso”, por anos a fio, isso garante rentabilidade por longos espaços de tempo. 

O investimento através de corretoras, tende a ser menos lucrativo do que os produtos oferecidos pelos bancos, ainda assim, é bastante dinheiro e pouco risco. 

Você não foi a XP Expert de graça, você deixou, no mínimo os seus dados lá. 

Seus dados irão se transformar em leads, que irão virar float, corretagem, taxas de administração e por aí vai. 

Qual é o problema?

Nenhum! 

É ótimo que as pessoas aprendam mais opções de investimento e se preocupem com suas finanças pessoais. 

Contudo, um pouco mais de transparência é necessário. 

Quem pagará pelos milhões que o BTG está oferecendo para recrutar agentes autônomos ligados à XP

Será o investidor, que precisará comprar muitos produtos financeiros. 

Preciso dizer que esses produtos não serão os melhores? 

Tudo bem, falamos muito sobre o mercado financeiro. 

Porque o mercado imobiliário não é uma opção no Brasil?

Existem canais enormes de investimento imobiliário nos Estados Unidos, Inglaterra, Austrália, etc. 

Ou seja, mais acessibilidade em termos de liquidez e de conteúdo sobre o investimento. 

Conteúdo voltado para jovens que buscam o conhecimento para obter a independência financeira. 

Por que isso não acontece no Brasil?

Existe menor concentração de agentes econômicos. 

No sistema financeiro, apenas um punhado de agentes econômicos ganham com as operações. 

Ou seja, 5 bancos e 5 corretoras dividem 90% do mercado. 

Além disso, eles lucram juntos. 

Os grandes bancos são responsáveis por estruturação de produtos, IPO, Follow On, entre outras operações que exigem garantias altas, que as corretoras não dispõem.

Essa concentração de dinheiro em poucos operadores, faz com que haja uma concentração de informação. 

Para citar alguns exemplos: 

O BTG é dono da revista Exame, a XP é dona do portal Infomoney, o famoso Banqueiro Daniel Dantas é dono da maior parte da Istoé Dinheiro

Os grandes bancos, estão sempre entre os maiores anunciantes dos grandes veículos de comunicação, que também são oligopolizados. 

Coffe and newspaper

Essa é uma das razões pelas quais outras modalidades de investimento não se tornam populares, tais como o investimento imobiliário. 

A opção do investimento imobiliário

O oligopólio no mercado financeiro não é a única razão para a baixa disseminação dessa modalidade de investimento. 

Além do fato de o mercado imobiliário ter uma quantidade muito maior de operadores existe menor possibilidade de reincidência. 

Ou seja, se você comprar um apartamento, você pagará uma série de taxas, mas dificilmente fará essa operação várias vezes ao ano. 

No mercado financeiro é muito comum você fazer mudanças grandes na alocação do patrimônio ao longo do mesmo ano. 

Se os custos de transação são distribuídos e pouco recorrentes, não existem grandes anunciantes. 

Os grandes bancos, até o momento não priorizavam a operação de crédito imobiliário. 

Por quê?

Porque são créditos de longo prazo, que possuem um risco estrutural ligado às oscilações da inflação e taxa de juros. 

Então é tudo uma grande conspiração? 

Não!

Existem riscos reais para o investimento imobiliário e os custos de transação são maiores do que para o investimento no mercado financeiro. 

Por outro lado, os ganhos são mais perenes e constantes. 

Após comprar três, ou quatro imóveis você pode ter uma renda que permitirá a independência financeira permanentemente. 

Você pode comprar imóveis abaixo do valor de mercado. 

A rentabilidade de um imóvel pode ser próxima de 1% ao mês. 

Happy couple

Mesmo assim, o mercado imobiliário é visto como muito arriscado, ou muito trabalhoso. 

Portanto, a possibilidade de investimentos à disposição do investidor pessoa física deve ficar restrita a corretoras e bancos. 

Além do mercado imobiliário o que pode existir? 

Mercado de crédito pessoa para pessoa (peer-to-peer).

Por que você não compra o crédito de amigo ou familiar de um banco e fica com a diferença?

O que aconteceria se muitas pessoas pensassem nisso? 

No mínimo, teríamos um mercado de crédito mais competitivo. 

Além disso, isso pode fazer com que a pessoa física possa fazer alavancagem em negócios reais de forma mais barata. 

Retirar uma parte de valor de uma casa e colocar em uma padaria, por exemplo. 

Risco? 

Sem dúvida, mas não é atrás disso que todos estão correndo? 

O que foi a onda do COE? 

Investimento em renda variável sem risco não existe. 

Na verdade, não existe investimento sem risco. 

O argumento é simples:

existem outras possibilidades para além do mercado financeiro. 

Existem outras características, vantagens e desvantagens. 

Infelizmente, é muito difícil de furar a bolha formada por um oligopólio. 

Isso precisa mudar. 

Será melhor para a sociedade e para os indivíduos. 

Para isso a regulamentação governamental também precisa melhorar. 

Seja no crédito imobiliário ou em crédito peer-to-peer, para citar duas importantes. 

O que você pensa a respeito? 

Nesse post eu falo um pouco sobre a minha jornada para a independência financeira. 

Muito obrigado por ler até aqui. 

Forte abraço

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Investimento em imóveis vale a pena?

Por que investir em imóveis?

A jornada para a independência financeira é bastante desafiadora.

Nós somos apresentados a números e conceitos novos.

Nesse post, pretendo explicar se o investimento imobiliário vale a pena.

Além disso, vou abordar os principais pontos de atenção para essa categoria de investimento.

Preciso investir e agora?

O investidor olha para a poupança, se informa sobre a previdência privada e fica apavorado. 

O pé de meia está sendo arriscado em rendimentos pífios. 

Quem pode te salvar?

Itaú, Xp, Empiricus, Easynvest? 

Naturalmente, nenhum deles. 

Você é o único que pode salvar sua pele. 

Ou seja, cada uma das empresas acima estão tentando salvar suas respectivas peles. 

Eles até afirmam que podem te ajudar nessa caminhada, mas cabe a você decidir se eles falam a verdade ou não. 

O que eu penso?

Rentabilidade não salva ninguém. 

investment

Se você investir mensalmente 1000 reais, por 20 anos, a uma taxa de 5%, o seu saldo final será: R$407,258

Caso você invista a mesma quantidade, aumentando a taxa para 10%, o seu valor será: R$721,131

Estamos falando de dobrar a rentabilidade. 

Portanto, você estará assumindo um risco consideravelmente maior.

Não é brincadeira. 

Por outro lado, se você dobrar o aporte, para 2000 reais, mantendo a taxa inicial, ao final do período o seu patrimônio será de R$814,517. 

Ou seja, dobrar o aporte retornará um capital maior do que dobrar a rentabilidade. 

Naturalmente, você terá menos risco. 

Para isso acontecer não existe mágica. 

Ou seja, ganhar mais, poupar mais, ou os dois.

Sem dúvida, você deve buscar a melhor rentabilidade possível. 

Mas, não deve acreditar que essa será a sua salvação financeira. 

Qual é o meu conselho ?

Atacar as três principais soluções e utilizar a alavancagem. 

Isso significa conseguir rentabilizar o seu patrimônio utilizando capital de terceiros. 

Existe o mito na educação financeira, de que pessoas físicas não devem utilizar endividamento para investir. 

Porém, esse mito precisa ser quebrado. 

O financiamento de projetos é a origem de todos os grandes feitos e grandes conquistas realizadas na nossa história.

Quando você coloca essa possibilidade como algo impossível ou inaceitável, você reduz a sua visão de mundo para uma fonte de energia muito importante. 

Por outro lado, faz pouco tempo que o Brasil entrou em patamares aceitáveis de juros.

Ou seja, taxas muito altas inviabilizam projetos, principalmente projetos executados por pessoas físicas. 

Portanto, afirmo com tranquilidade que hoje é possível utilizar a alavancagem para turbinar a sua construção de patrimônio. 

A forma mais segura de fazer isso é através do mercado imobiliário. 

Por exemplo: você compra um imóvel por 100 mil reais. 

A entrada é de 20 mil.

Com os custos de transação e uma pequena reforma, você gasta 8 mil reais. 

Você consegue alugar por 700 reais. 

A sua rentabilidade é de 0,7%. 

Mas, não é sobre 28 mil reais que você investiu. 

A rentabilidade é sobre o seu dinheiro e o do banco. 

Certo, você terá que devolver mais dinheiro, existe o juros do banco.

Porém, essa diferença será mais que compensada pelo pagamento de aluguel do seu inquilino. 

No caso, acima o inquilino estará pagando o juro e a amortização. 

Quando alguém paga a amortização para você, quer dizer que ele está comprando equity para você. 

Real state

Ou seja, ao quitar o financiamento você terá um ativo que gerará renda para você, possivelmente para a sua família também. 

Quais são os riscos?

 

Comprar por um preço alto

Os critérios para se comprar um imóvel para investimento são opostos aos parâmetros de compra para morar. 

Normalmente um imóvel mal cuidado, com cheiro ruim, ou pintura mal feita, são os grandes potenciais de compra. 

Portanto, quando você chega em boas possibilidades de investimento, você sente uma forte vontade de ir embora. 

Por outro lado, os imóveis que estão em perfeito estado, com móveis planejados, etc. costumam ser vendidos por valores que não permitem uma rentabilidade razoável. 

Assim como em qualquer outro mercado, para que você faça boas compras precisa ir contra a manada. 

Mas, a manada é menor no mercado de imóveis, em comparação com o mercado financeiro. 

Adquirir imóvel em localização errada

O investimento em imóveis tem um mantra: localização. 

Esse é o primeiro, o segundo e o terceiro critério para compra de imóveis. 

Se você tiver que escolher entre pagar mais do que vale em um imóvel em uma localização boa, ou comprar um imóvel muito barato em localização ruim, não tenha dúvida, a primeira opção é a correta. 

Porém, o ideal é que você tenha os dois mundos. Compre abaixo do preço e na melhor localização possível. 

Parece um dilema saber qual é a melhor localização, porém essa normalmente não é uma dificuldade. 

Boa localização não é descobrir o que irá se tornar bom no futuro, é saber o que é bom no presente. 

Quais são os três melhores bairros da sua cidade?

Com certeza você sabe a resposta. 

Sim, normalmente eles estão bastante valorizados, mas isso não quer dizer que você não pode chegar lá. 

Ou seja, condomínios antigos em bons locais, ou imóveis com algum nível de depreciação podem ser a chave para entrar. 

Se você está em uma localização boa, você não terá problemas de vacância. Existe fila de inquilinos dispostos a alugar imóveis. 

Além disso, certamente existe uma grande quantidade de aluguéis não reajustados e os proprietários não conseguem ter uma boa ideia da rentabilidade sobre o investimento.

Assumir custos de reforma e/ou manutenção muito altos

Quando você faz um bom investimento em imóveis é de esperar que seja necessária alguma reforma. 

Mesmo que não haja a necessidade é aconselhável algum investimento para deixar o imóvel com um aspecto mais moderno, o que irá aumentar o valor do aluguel. 

Contudo, você precisa estabelecer um teto e ser bastante criterioso com ele. 

Não é difícil se apaixonar por um imóvel. 

Os vendedores vão oferecer as melhores coisas e você ficará tentado a deixar a investir cada vez mais. 

Eu acredito que o investimento sempre se paga, porém o seu dinheiro é limitado. 

O principal problema de gastar demais é de fluxo de caixa. 

Você pode ficar com poucas reservas para manter o imóvel ao longo de um período, antes que os aluguéis comecem a retornar o investimento. 

Portanto, fazer um orçamento realista e pé no chão, planejando manter algum dinheiro em caixa para eventualidades é essencial. 

 

Conclusão

A sua independência financeira pode ser adquirida através de muitos caminhos. 

Mas, retirando os ganhadores de loteria, casamentos de diferentes classes sociais e herdeiros sortudos você precisará de três coisas. 

Gastar menos. Ganhar mais. Investir com qualidade. 

O investimento imobiliário vale a pena?

Sem dúvida. Mas, ele exige uma postura ativa, o que o diferencia de outras classes de investimento.

Você pode se tornar independente financeiramente só ganhando mais, sem reduzir despesas. 

Porém, é improvável que você se torne independente apenas gastando menos, ou investindo bem. 

O investimento imobiliário não é algo passivo. 

Ele fica mais próximo do empreendedorismo do que do investimento passivo. 

Você precisará assumir riscos que vão além do financeiro. 

Contudo, esse trabalho extra, faz com que os seus riscos financeiros sejam minimizados. 

Para mim é uma lógica que faz sentido. Você precisa domar o seu investimento com as próprias mãos. 

Isso faz com que você tenha um controle maior e uma relação mais adequada entre rentabilidade e risco. 

Ainda assim, você precisa estar disposto ao trabalho extra. 

Mas, quem disser que adquirir a independência financeira é fácil provavelmente não conquistou com seus próprios esforços. 

Muito obrigado por ler o texto até aqui. 

Qual categoria de investimento você prefere?

Nesse post eu falei um pouco sobre minha jornada para a independência financeira. 

Forte abraço

Ivan