Estamos chegando ao mundo de juros zero, essa é uma tendência e isso pode ser bom para o FIRE.
Sim, é um mundo novo e diferente.
Ainda mais para o Brasil, país dos juros altos.
As pessoas que buscam independência financeira terão cada vez mais dificuldade de obter retorno, isso é ruim?
Minha teoria é que as grandes mudanças que ocorreram no começo dos anos 2000 ainda vão avançar muito.
Vou tentar uma breve e humilde análise sobre o mundo de juros zero.
Pensávamos que a internet, a computação pessoal, smartphone fossem o limite de uma era.
Você lembra da Lei de Moore?
A cada dois anos, um aumento de 100% na quantidade de transistores, dobra a capacidade de processamento, mantendo os custos nos mesmos patamares.
Essa lei, foi realidade, mas a linearidade dela pode mudar muito com a computação quântica.
Além disso, a velocidade de conexão hoje é mais importante do que a velocidade de processamento.
A velocidade atual de processamento de um celular, já permite uma série de ações ainda inviáveis devido à velocidade de conexão.
O que isso tem a ver com a taxa de juros?
O aumento da capacidade de processamento e de transmissão, reduzem custos.
Ou seja, são movimentos muito grandes, que geram deflação.
Isso quer dizer que serviços ficam mais baratos, o transporte também fica mais barato (automação em centros de distribuição), dentre outros fatores.
A deflação tende a reduzir a renda média.
Ela ataca as margens e existe uma quantidade muito grande de pessoas atuando na intermediação de transações econômicas.
Essas intermediações são exprimidas pela tecnologia.
Essa situação, faz surgir uma tendência de que a diferença entre salários altos e baixos fique cada vez maior.
Ou você está coordenando a mudança, ou está espremido por margens em meio à mudança tecnológica.
Se você é um vencedor da era contemporânea, consegue absorver muito conhecimento e dinheiro.
Se torna uma pessoa com recursos financeiros aplicados a taxas cada vez mais baixas, ou com risco cada vez mais alto.
Por outro lado, alguém com capital em um mundo de oportunidades crescentes de investimento na economia real.
A economia do emprego de baixo salário é substituída pelos freelancers.
Pessoas com múltiplas habilidades que conseguem renda pequena de múltiplas fontes.
Existe a chance que em algum momento uma dessas fontes consiga cruzar a curva que separa os 80% da oferta e aderir aos 20% que faturam alto.
Seja qual for o ramo de atividade.
O juro continuará baixo, o retorno do conhecimento e do trabalho uma curva exponencial cada vez mais íngreme.
Por outro lado, espero que a pressão social e as políticas governamentais permitam um mundo sem pobreza.
Esse texto está confuso?
Certamente.
Nem eu compreendo, assim como não entendo o futuro.
Mas, ainda assim, como um otimista, acredito na possibilidade de cada vez mais pessoas atingirem a independência financeira.
Principalmente porque o custo de vida pode ficar mais baixo.
O espaço será melhor distribuído, você poderá morar em lugares baratos, reduzindo um dos principais custos de vida.
Como atingir a independência financeira com zero de juros?
Os três principais ativos para adquirir a independência financeira, são:
saúde, conhecimento e tempo.
A boa notícia é que o juros zero permitirá financiamento de projetos longos e isso inclui modificações no sistema de saúde e educacional.
Talvez uma ressonância magnética se torne coisa banal.
Além disso, é muito possível que um curso de alta qualidade feito na Índia, seja traduzido imediatamente para o português.
E onde entra o tempo nessa história?
Esse ativo também está crescendo.
Se os tratamentos de saúde ficarão mais baratos, também é provável que você viva mais.
Qual será a idade média de vida das pessoas que hoje estão com 40 anos?
Será que será 78 anos, ou essa curva irá aumentar mais rapidamente, fazendo com que as pessoas vivam em média até 90 anos de idade.
Se as afirmações anteriores são verdadeiras a segunda opção é a mais provável.
Ou seja, você terá mais tempo, possibilidade de ficar saudável mais facilmente e maior conhecimento disponível.
O mundo dos juros baixos, não é tão ruim assim.
Por um lado, você perde rentabilidade, mas ganha tempo para o rendimento.
Além disso, ganha tempo para aprender novas habilidades que permitam aumentar a sua renda.
Por outro lado, precisaremos de níveis de criatividade, atenção e concentração cada vez maiores.
Parece ser esse o ponto que irá separar a multidão da minoria independente financeiramente.
Para onde vai a taxa segura de retirada, se é tão difícil obter retornos positivos sobre os investimentos?
Será que a regra dos 4% será enterrada?
Na minha opinião pensar em rentabilidade futura com base no passado é arriscado.
Mas, voltamos a questão da conjuntura deflacionária.
Talvez o seu poder de compra aumente, com a mesma quantidade de dinheiro.
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Os caríssimos tratamentos de saúde se tornem mais acessíveis.
Aquele patrimônio pensado para gastar majoritariamente com saúde possa ser liberado para a vida simples e agradável de um FIRE.
Ou seja, a regra dos 4% pode continuar a ser utilizada como um parâmetro base.
Não se preocupe em ter 10 milhões de reais, se você vive bem com 6 mil reais por mês.
Algo entre 1,8 e 2,5 milhões deve ser suficiente.
A parte mais desafiadora é que você não poderá parar de trabalhar em si mesmo.
Essa aposentadoria você não terá.
Ou seja, cuidar da saúde, do conhecimento e aproveitar adequadamente o seu tempo.
Cuidar desses ativos garantirá que qualquer taxa de rendimento permita uma vida boa durante toda a sua existência.
O que eu penso da impressão de dinheiro?
Tão perigosa quanto complexa.
A verdade é que os bancos centrais podem retirar dinheiro da economia com tanta velocidade que a pressão inflacionária pode não se concretizar.
Além disso, existe uma migração internacional entre moedas.
Pode ser que todos os bancos centrais errem, mas é mais provável que alguns errem mais, outros menos.
A perda de poder de compra feita pela emissão de moeda não irá superar as condições deflacionárias estruturais.
Alguns ativos podem ficar sobrevalorizados. Mas, isso também faz parte da vida.
Onde deve estar a sua cabeça?
Todos esses cenários projetados para o futuro não possuem qualquer garantia.
São tendências de alguém curioso.
Porém, tenho certeza que essa curiosidade pode ajudar você a expandir os horizontes de análise da realidade.
Sugiro fortemente algumas atitudes práticas para exercitar esse hábito.
Faça uma assinatura do Medium e lei coisas fora do seu círculo de competência.
Ou seja, se você é da área de finanças leia sobre biologia, se é contador, leia sobre computação.
Comece a tentar aprender uma nova língua através do Duolingo.
Aprenda tudo o que puder sobre meditação e a pratique.
Acredito que a meditação é uma ferramenta importantíssima para que possamos focar em muitas coisas, sem estresse e ansiedade.
Estude estoicismo.
Muitas vezes somos esmagados pela vida prática, ler um pouco de filosofia prática, de como olhar a vida pode ser libertador.
Nessa postagem eu falo um pouco de estoicismo e o movimento FIRE.
Muito obrigado por ler até aqui.
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